Saiba porque cigarro e meio ambiente não combinam
Ter, 24 de Agosto de 2010 15:11

Uma produção de 300 cigarros equivale a uma árvore queimada, ou seja, considerando o consumo

de um maço por dia, temos uma árvore a menos a cada 15 dias;

Os filtros de cigarros atirados em lagos, rios, mares, florestas e jardins podem demorar até

100 anos para se degradarem;

Um cigarro aceso libera, progressivamente, mais de 4 mil compostos químicos na atmosfera,

como monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, nicotina e alcatrão, que prejudicam

a saúde e concentram cerca de 50 substâncias cancerígenas;

foto-noticia04Em oito horas de trabalho, uma pessoa que esteja em companhia de um fumante pode respirar

uma quantidade de benzopireno (produto cancerígeno) e monóxido de carbono (tóxico)

equivalente ao fumo de 30 cigarros;

Os plantadores de fumo usam cada vez mais agrotóxicos em suas atividades, causando danos à

saúde dos agricultores e ao ecossistema.

O tabagismo é um grande e grave problema de saúde pública, pois não se limita aos danos causados à saúde do fumante e do fumante passivo. Engloba, também, os danos à saúde do plantador de folha de fumo (fumicultor) e dos seus familiares, visto que a mão-de-obra envolvida na cultura do fumo é predominantemente familiar.

Os danos ao ecossistema são incalculáveis, com prejuízos causados ao solo, com a contaminação de alimentos, da fauna e dos rios.

A natureza sofre também com o impacto do desmatamento em larga escala, sendo um fator de desequilíbrio ambiental, pois quando a cobertura vegetal é removida, na presença de chuva intensa, o solo torna-se pobre pela perda de seus nutrientes. Outro impacto ambiental tem como agente os inúmeros casos de incêndios causados pelo cigarro.

A maior parte das regiões produtoras de fumo no Brasil localiza-se em regiões de topografia acidentada, impossibilitando a mecanização do trabalho, tornando-o extenuante para o fumicultor.

Inúmeras matas são derrubadas em maio, com o objetivo de limpar a terra para o início da semeadura do fumo. O desmatamento continua entre os meses de dezembro e fevereiro, época da colheita da folha do fumo, que necessita de secagem para sua preservação, armazenagem, transporte e processamento corretos.

As folhas de fumo são secas ou curadas em fornos que utilizam a lenha, intensificando o desmatamento.

A madeira das árvores desmatadas também é utilizada na maioria dos países em desenvolvimento, na infra-estrutura da construção dos fornos que geralmente têm que ser reconstruídos em dois ou três anos, gerando outros desmatamentos.

Mais árvores são derrubadas para a prática da cura da folha do tabaco, responsável por dar características de sabor, aroma e cor ao tabaco.Estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que, a cada ano, cerca de 200 mil hectares de matas e florestas são destruídos no mundo para dar lugar a plantações de tabaco.

O desmatamento continua, pois para a fabricação do papel utilizado na manufatura do cigarro, mais árvores são sacrificadas.

O desmatamento relacionado ao tabaco passou a ser considerado uma questão de relevância mundial, na medida em que contribui, em média, com quase 5% do total de desmatamentos em países desenvolvidos produtores de tabaco e afeta todos os continentes.

Fonte: Bemsimples.com.br; Stella Martins. "HowStuffWorks - Tabagismo e danos ao ecossistema". Publicado em 14 de janeiro de 2008 (atualizado em 17 de janeiro de 2008) http://ambiente.hsw.uol.com.br/tabagismo-danos-ecossistema.htm (25 de agosto de 2010)